terça-feira, 31 de janeiro de 2006

Uma boa reforma ou apenas a cegueira?

B.C.
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No The Spectator (sem links específicos) que me chegou hoje à caixa do correio, há um artigo de Paul Johnson com o seguinte título: " 'Should there be a retiring age for writers?' Discuss". Depois de uma visita guiada, que vai de Chaucer aos escritores de King´s Road dos fifties, segue-se uma conclusão generosa:
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“(…) looking back on it from the perilous viewpoint of the early 21st century, I don´t see what writers had to grumble about in those golden days: endless newspapers with ample literary pages, magazines and reviews galore, educated readers, literate subs who could spell, publishers´parties every night serving the hard stuff, advances to be had for the asking, Great Men still alive - 'Tom' Eliot, Evelyn, Cyril, Graham, Tony, Osbert, both Osberts in fact - and bouncy, booksy girls like Sonia, Barbara and Edna to sow the seeds of sexual discord. Writers didn´t want to retire in such halcyon times.
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Face a este leque, onde cantará o cisne das mais recentes polémicas?
Um peixe dentro do seu aquário é um bicho quase cego.
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P.S. Há uma coisa que é certa e mesmo inevitável: Conforme a posição assim o polidíssimo esgar. Quem assina nas redacções tenderá sempre a. E quem não assina nas redacções tenderá sempre a. Pelo meio, na terra cinzenta, a verdade verdadinha é que quando a malta se conhece tudo sai melhor e quando a malta nada faz para se conhecer tudo sai de outra maneira. E o resto é épica e ardilosa arquitectura à Carrefour.