terça-feira, 20 de setembro de 2005

Quietudes - 2

Uma palavra ainda para a lentidão que desce pela frestas entreabertas. A penumbra perdida na imobilidade imperfeita do beiral. Algumas telhas soltas e uma persiana corrida. Mais à frente, o brusco aceno da sombra reproduz com exactidão o pé do candeeiro no asfalto. Passa um vulto, depois a trela sem fim e o cão. Eu não sei mesmo se o amor pode ser pensado nesta espécie de vácuo.