sexta-feira, 15 de abril de 2005

Limitação dos mandatos

O presidente da Associação Nacional de Municípios continua a dizer que, nesse campo, primeiro têm que ser os deputados e só depois os autarcas. Como se existisse alguma relação possível (ainda se se colocasse ao mesmo nível deputados municipais e nacionais, compreender-se-ia o argumento). Mas não. A lógica é sempre a mesma: primeiro “eles”, depois “nós”. Se avançarem “eles” primeiro, então muito bem, também será justo avançarmos “nós”. Estamos no cerne da corporação e no palpitar do coração lusitano: o “Eles”. Isto é: “Eles” é que sabem; “eles” é que nos lixam; “eles” é que deviam pagar por tudo. “Eles”. Sempre “Eles”, essa divindade incorpórea, negra, mafarrica (espécie de “menino nos braços de sua mãe” que com ela, afinal, se confunde).