segunda-feira, 6 de dezembro de 2004

Prognósticos na antevéspera dos 110 anos de Florbela Espanca

Paulo Portas está demoradamente a decidir se faz coligação ou não, até porque não precisa nada dela. Se concorrer sozinho, basta acenar e já está. O país está indefectivelmente com ele. Questão de doutrina.

Santana Lopes está bem mais aflito e por isso não deixa de pensar em coligações. Já tem carta verde, ou branca, ou outra. Mas tem. Objectivo máximo: assegurar pelo menos a confiança do PPM. Os manos Câmara Pereira são, de facto, uma mais-valia a não perder.

Sócrates, por seu lado, decidiu invocar o santo nome das fronteiras em tempo de diluição das ditas. Fica bem. Mas, por outro lado, Vitorino trouxe à alma lusa o sorriso interrompido pelo bate asas de Guterres e pela mania das cabalas do aziago Ferro. Se não fizerem muito barulho, arriscam-se a passar a meta à frente dos outros. Mas sem darem por isso.

Louçã é o missionário hipnótico nacional. O Daniel Axial sempre comeu mais espinafre em pequenino. Talvez o Bloco cresça entre o promissor público do Jorge Palma (já agora - e sem ter nada a ver com o caso - devo dizer que o vi a tocar na FNAC, na semana passada, e até gostei de algumas das suas modas).

O Jerónimo já disse o que tinha a dizer. E todos rezaram de lábios postos no Marxileninixmum. Oremos. Parece que vai acabar com a frente alargada que dá pelo nome de CDU. Foice e martelo é outra coisa! Três ou Quatro por cento, vão apostas?

A Nova Democracia de Manuel Monteiro, por fim, é o partido favorito para estas eleições. Em Abrantes, na delegação do Politécnico nabantino, o nosso minhoto parisiense tem carregado baterias como poucos. Descuidem-se, descuidem-se!