
Para o homem pré-moderno, o presente era uma nuvem longilínea assoprada por Deus que desaguaria um dia na eternidade. Para nós, ele é sobretudo um território frágil a habitar, a fruir, a inventar. O problema do antigo homem escatológico e ideológico foi o de ter escravizado o presente ao sabor de ficcionalidades caprichosas, ilusórias e, em última análise, de consequências impositivas e violentas.