Cachecol apertado
Comecei o dia com o vírus da época a espreitar alguma oportunidade para atacar. Resisto-lhe. Quando dei por mim, estava a falar para uma rádio e a sentir a terrível compulsão e indecibilidade da palavra soletrada. Cada vez mais me apetece sobretudo escrever e não tanto falar publicamente, com excepção, às vezes, das aulas e das sessões públicas que digam respeito ao meu trabalho mais genuíno. Preparo-me para ir ver um ateliê aberto baseado no trabalho LP de Rui Horta e, ao fim do dia, o encerramento de um festival de Jazz com a banda de Carlos Martins e com a Eddy Cabral Trio. Tudo isto se passa em Évora, a candidata a uma periferia de tipo novo que já vai tendo algum centro e onde a qualidade de vida vai aconselhando e permitindo uma vida tranquila.