O outro Sampaio
Sampaio tratou ontem as coisas cientificamente: chamou novelas às meta-ocorrências. Neste caso, "novela judiciária". Que me lembre, é a primeira vez que o mais alto magistrado da nação apela ao povo no sentido de não confundir o fluxo ficcional das meta-ocorrências criadas pelos média (as novas narrativas mitológicas e referenciais da contemporaneidade) com a agenda do quotidiano, das premências e da necessidade. Para os estudiosos de ciências da comunicação, este pode ser um dado curioso que obrigará a reler o discurso de Sampaio com ênfase particular para o seu subtexto não imediatamente político (e, portanto, reactivo).