terça-feira, 23 de setembro de 2003

Escritas para breve

Pessoas como a Helena de Matos (vale a pena ler) não entendem que a natureza assenta em morfologias dinâmicas. Ou seja, as coisas ondulam e mudam: um burro é gingão e não maquínico, é fractal e não pum pum forever. É por estas e por outras que o meu próximo ensaio não será sobre semiótica, nem sobre o António Damásio, nem sobra a hipermodernidade, nem sobre a instantaniedade tecnológica, nem sobre a alteridade islamo-cristã, nem sobre a enunciação na literatura profética, nem sobre literatura ou a ubiquidade da blogosfera. Não, o meu próximo ensaio vai ser uma Crítica à genealogia das práxis das esquerdas. Talvez o faça com aforismos facilmente explicitáveis e compreensíveis, não me caia a dogmática inquisição em cima. Há muito que a coisa me andava a tentar, mas agradeço agora à Helena de Matos a exiguidade linear do seu texto como potente estimulante para o dito ensaio e reflexão.
Vou já falar com o editor.