sábado, 21 de fevereiro de 2004

Avidez

E hoje dissipou-se o dia que era solar e nele se esvaiu a brancura que diante dos olhos derreteria a avidez do tempo. E em vez da ilusão, apareceu o vento a contar histórias de névoas antepassadas. Árvores altíssimas que não chegaram a ser, romarias intemporais, paixões diferidas e outras fábulas. Fico sempre sem palavras a observar estes breves sortilégios da natureza. E não é por ser carnaval, mas é, certamente, por ser de novo um tempo de avidez.