segunda-feira, 29 de dezembro de 2003

De regresso - 2

Estou de volta após breve passagem pelos mares do (nosso) sul. Por agora fica o registo de chegada: nuvens avermelhadas, densas, a transbordar no coração da terra incerta que ficou por lavrar. É esta a janela, é este o olhar de chegada. De lado, ficará a avidez das palavras. Vou dar-lhes tempo para que aflorem para além do mosto e das mil bases que lhe terão filtrado a viagem. Um rosto é sempre o reflexo de um langor muito antigo. Quase sempre adiado. A maior parte das vezes esquecido. Perdido. Nuvens densas, avermelhadas, é esta a janela. É esta a casa de regresso. Inventemos mundos.

De regresso - 1

De regresso a casa, tinha quase setenta mensagens na caixa de correio electrónico. Agradeço a todos as palavras generosas, o calor, a amizade, a entreajuda e o resto. O mundo, por vezes, é uma caixa de surpresas. Não é?