Já nem me lembro da marca
Há precisamente vinte anos, com ajuda de um subsídio do sindicato dos artistas neerlandês - as coisas em que um gajo andou metido! -, comprei a minha primeira máquina de escrever movida a esfera. Aquilo era um mimo. Apagava, rescrevia e tinha uma espécie de turbo minimal que dava ao engenho um ruído de fundo motorizado que me embalava como nunca antes tinha acontecido. Foi o fim da era da martelada. Mas foi, também, o início da impensada espera de apenas quatro anos. No, a todos os títulos, histórico 1989, o MS DOS bateu-me à porta, eu levantei os braços e acabei por suspirar de consternação aliviada.
Até hoje.