De antologia, Nuno!
via Rua da Judiaria
O Rua da Judiaria publicou esta semana um post sob a questão do “antisemitismo” (e não do “anti-semitismo”, como o Dicionário da Academia estabelece e eu, possivelmente, me verei tentado a violar). É um texto denso, recheado de informação, divulgador de estudos importantes e vital para os tempos que correm. Aconselho todos os meus leitores a passar por lá. Concordo com o leque ponderado e, ao mesmo tempo, incisivo das posições aí evidenciadas. Parabéns Nuno!
Quase no final deste post de eleição, pode ler-se:
A necessidade da paz entre israelitas e palestinianos é inegável, essencial e urgente. Mas enganam-se os que acreditam que com ela virá também o fim do antisemitismo. O Paquistão serve aqui de exemplo – um país sem judeus, que nunca teve qualquer contacto com judeus, afastado do Médio Oriente, é hoje uma das maiores fontes de propagação do antisemitismo.
Ao mesmo tempo, como Mark Strauss escreve na revista Foreign Policy, quando se chegar a uma paz real, as condições conducentes à propagação do antisemitismo não irão desaparecer de forma milagrosa. Os governos árabes continuam avessos a reformas políticas e económicas sérias no sentido de abrir as suas sociedades e retirar os seus cidadãos da pobreza endémica. E o ódio, esse, dificilmente será extirpado por completo.