sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

Para quem adora abismos e rumores - V

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Mais uma contribuição para a impressiva e abismada leitura da "crise":
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"Se olharmos para a crise espoletada pelo “subprime”, descortinaremos que a felicidade da gordura americana (…) se baseava em axiomas deslocados da realidade. George Soros foi cruel, ao dizer que os EUA viviam do que o resto do mundo poupava e consumiam acima do que produziam. Como se fossem uma espécie de aristocratas com problemas de crédito. Mas isso era derivado da sua moeda, o dólar, ser a moeda de reserva internacional. Quando essa expansão de crédito causava tempestades, as autoridades centrais injectavam liquidez e estimulavam a economia por outros meios. O próprio coração do sistema financeiro – baseado na circulação interbancária, a começar pelo empréstimo – entrou em colapso." (Fernando Sobral)
S
"Samuelson atribui em boa medida a turbulência actual ao relaxamento dos guardiães do sistema financeiro que se deixaram embalar na doce cantiga da sofisticação de produtos que muitos clientes não percebem e cujas consequências as próprias empresas têm dificuldade em avaliar." (
Francisco Ferreira da Silva)
W
"Está assim estabelecido o cenário para os próximos anos. O petróleo passou a ser caro e as empresas não possuem margem de manobra para fazer repercutir os seus custos nos clientes finais, pois competem agora com produtos produzidos na China e na Índia a custos extremamente mais reduzidos.
Os próximos anos serão delicados. Com a redução das margens não existe "latitude" para investimentos. Assim, a criação de novos empregos na Europa é uma miragem." (
Pedro Sousa)