sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

Pré-publicações - 76

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Francisco José Viegas, Se me Comovesse o Amor, Quasi, Vila Nova de Famalicão, 2007.
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"SÃO AS MAIS ESTRANHAS ÁRVORES"
e
Para o Manuel Hermínio Monteiro.
e
"São as mais estranhas árvores, as que descem até às raízes;
pela última vez se visitam, antes que venha uma nuvem
ou que os animais te despertem a meio da noite. Estremeces
de tão pouco cuidado teres com essa maneira de os pássaros
e
se transformarem em fantasmas. A sombra poisa devagar
no teu ombro, como uma suspeita. Sofre-se muito: dois dias
depois lembra-se a passagem do tempo, a doçura das coisas,
como a da chuva a cair sobre os montes, a geometria
e
do mundo, as clareiras dos bosques, os muros das aldeias,
músicas que ouvimos antes. Teríamos sabido da morte de outra
maneira? A luz é muito diferente, nessa paisagem; escreveste-a
em silêncio, em cadernos que te chamam como uma despedida
e
até ao próximo Verão. Um relâmpago no céu, um rio ao fundo
da montanha: lugar tão perfeito como se de um geógrafo
se aproximassem os campos, os canais junto dos vales, as palavras
amadas. Teríamos sabido da morte de outra maneira?"
e
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