terça-feira, 11 de dezembro de 2007

Cerveja e literatura - 56

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“Mal entrei em casa, ao fim do dia, pressenti o desastre: andava no ar um cheiro enjoativo a refogado, à mistura com uma nuvem de cerveja. Corri para a cozinha, mas o mal já estava feito, o meu peito de borrego resfolegava ao lume, agitando-se num mar de cervejum e cebolório, arfando naquele caudal de água a ferver, perdendo-se, dessorando-se, minguando.”
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(António Mega Ferreira, O Pretexto em A Expressão dos afectos, Assírio e Alvim, Lisboa, 2001, p.73)