domingo, 29 de julho de 2007

A carga dos novos ofícios

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O "não fazer nada", tão apregoado na estação idiota, corresponde a um fluxo de rotinas insaciadas e banhadas pelo horribilis. Por trás do descanso, fervilha uma espécie de ostensão suicidária. Uma correria vazia. Há algo de bárbaro nas 'deslocalizações' temporárias e planificadas dos indígenas dos nossos dias. É como se reatássemos o mundo selvagem que terá assistido à lenta transição do nomadismo para o espírito sedentário: um ofício em que os animais de carga e a carga mental transportada se confundem. Entra em cena o meu mês, Agosto, e sinto medo de me fazer à estrada. De mudar de cenário. De pensar no mar. De ouvir propostas.