quinta-feira, 17 de maio de 2007

A Chave do Dia - 4


JMR
e
Entro na sala onde decorrerá o lançamento do romance de Eduardo Pitta, Cidade Proibida. Estou a correr entre dois compromissos, ambos muitos distantes da sala da FNAC. A simpatia do anfitrião alivia-me o stress até que algo acontece. Subitamente, a Teresa do Sem Pénis nem Inveja está diante de mim: cumprimentamo-nos, sorrimos e alegamos cometas e posts recentes. Ao lado, surge um rosto familiar: decifro a 'figura' (semioticly speaking), mas não consigo, num lapso de tempo mínimo e razoável, efectuar o "link". Tant pire. Sei quem é, mas a memória não se abastece a tempo e com a devida eficácia. Tenho que evocar o adjectivo "despistado". Depois, a visada identifica-se e eu caio em desgraça até hoje. Fica aquela ideia de desatenção imperdoável, de negligência inexplicável: a culpa - que vem lá das terras semíticas - no seu melhor. Peço desculpa, mas já é tarde. Chama-se a isto pôr "a pata na poça", melhor: a pata a saborear o risível perverso dos fantasmas. Renovo, pois, as desculpas. E reato até a citação de Wilde que aparece em epígrafe no blogue da própria: "Uma pessoa deve ser pelo menos um pouco improvável". Lo soy, si. Excessivamente.