sexta-feira, 18 de agosto de 2006

Férias - 55

Não me oponho feericamente às subvenções estatais dos “gestos contemporâneos”, como escreveu Fiadeiro, ou doutras manifestações de índole “cultural”. Só que o escrutínio em torno da actividade e a exclusividade que se lhe impõe (tal como a que é exigida aos bolseiros da área científica) nem sempre – diria raramente – são dados claros. Esta falta de clareza tem extremado posições nos últimos anos (digamos pós-Expo): de um lado, a incompreensão crescente e legítima do público; do outro lado, a arrogância e (muitas vezes) o isolamento quase autista dos próprios subsidiados. Não sei se os novos instrumentos legais irão corresponder a este extremar de posições. Vai ser uma das discussões (de nicho) da “rentrée”, creio eu.
(18/8)