quinta-feira, 5 de maio de 2005

Quotidianos - 8

Sigo pelo passeio e ouço um rumor agudo ou um estrugir demorado (como se fosse vela de veleiro a roçar com pressão sobre asfalto). Olho e vejo subitamente um enorme guarda-sol a cruzar a rua arrastado pelo vento. Dou um salto e evito o choque. Bons reflexos. Logo a seguir, o empregado do café atravessa também a rua e vem fechar o dito guarda-sol que mais parecia um animal enfurecido. Só depois, os dois táxis que haviam travado na altura certa puderam avançar.