terça-feira, 8 de março de 2005

A disputa dos vaticínios

Grande parte das esquerdas mais tradicionias e também alguns sectores, dir-se-ia prudentes, da direita e do centro-direita vaticinaram da forma mais negra a guerra do Iraque.
Há dois anos a esta parte que o discurso desta área difusa se tem mantido incólume e, naturalmente, tentando sempre, aqui e ali, encontrar na cena internacional sinais de coerência e confirmação.
No campo oposto, permeável aos que viram no 09/11 uma clara mudança de paradigma na cena internacional, e onde se agrupam desde “neo-cons” a liberais e a diversas franjas das esquerdas menos tradicionais, sempre houve a ideia, mais ou menos utópica, de que a desagragação criada no Médio-Oriente acabaria por ser benéfica a prazo.

O que se está a passar agora no Líbano poderá corresponder ao tipo de sinais que são esperados por este último tipo de vaticínios.
Mas ainda é muito cedo para respirar.
A coerência forçada sempre foi um mau princípio.
Seja como for, e como hoje alude alguma imprensa internacional, está aberta uma verdadeira guerra de vaticínios.