quarta-feira, 29 de setembro de 2004

Evasão

Este fim-de-semana vou com mais umas vinte pessoas para o Pulo do Lobo em acampamento estilo Idade do Ferro. Depois trata-se de subir (ou descer, não sei ainda) o Guadiana. Boa saída pós-escrita e pré-ano lectivo. Espero que, durante o ano todo, daqui para a frente e até à eternidade, a temperatura máxima continue pelos trinta e tal graus. Sabe bem saborear os marmelos e cheirar o halo das castanhas com um silvo solar que é coisa dos deuses. Quanto às coisas do mundo, continuam no guindaste esbranquiçado do dasein. Estão aí. Para que haja discurso a viver com elas, sonhando-as, delirando-as, filtrando-as. Vejo cabeças a mais dentro desse aquário intoxicado. Pensando, falando. O gerúndio é circular, às vezes oval, mas tem um metabolismo colorido e recheadinho de humor. Gosto muito de fontes, de vestidos brancos, de magnólias e do cheiro da relva depois de cortadinha. Gosto de regar o quintal já de madrugada. Gosto de ver a imobilidade dos muros. Gosto de sopa de abóbora (traduza-se "mogango") com coentros.