sábado, 24 de julho de 2004

Escritas

Rio muitas vezes quando estou a escrever um ensaio que não é explicitamente sobre humor. Posso dizer que estou mesmo habituado a julgar as falsas concordâncias e as proclamações putativamente graves e austeras com um amplo sorriso. Mas como agora o tema do humor marcou encontro com a aprazada redacção de um ensaio (que retomei de Fevereiro passado - e que nada tem a ver com a série “Divertimentos” que estou a publicar no Miniscente), parece que se gerou na minha escrita, aqui e ali, o eco de uma gargalhada fantasmática, tétrica ou até sepulcral. Sinto que esse sonido estridente está a acompanhar a peugada da minha escrita, à medida que o teclado vai vibrando com o súbito aparecer dos grafemas. Um sigilo talvez pouco revelador, mas, ainda assim, admirado.