segunda-feira, 19 de abril de 2004

Cruzes literárias

Trata-se, caros amigos, de uma forma extraordinária de inventar o registo para uma voz que subitamente se conhece a si mesma sem limites, sem contingências, sem compulsão. É o Id puro, como diriam os necrófilos. Tenho pena que essa ideia fulminante não me tivesse aparecido numa das minhas obsessivas viagens nocturnas, autoestrada fora. Parabéns Michael Ondaatje (diga-se que o nome do escritor é, ele mesmo, um diminutivo em língua holandesa. Ironia fina?).