segunda-feira, 10 de novembro de 2003

A malta


Biblioteca da Universidade de Coimbra

Há quatro dias que a Reitoria e a Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra estão fechadas a cadeado. A malta acha graça e até há uns professores que já avançaram para tribunal, depois de os bombeiros terem também passado há dias pelo local. Imagine-se que, em vez dos estudantes e dos referidos edifícios da universidade coimbrã, era a Carris que tinha sido fechada a cadeado, ou a Gare do Oriente, ou as portas da Câmara Municipal do Funchal, ou o Tribunal da Relação de Lisboa, ou as obras da Casa da Música ou o Centro de Artes da Figueira da Foz, ou a Setenave, ou o Continente de Alfragide, ou o estádio Faro-Loulé, ou o porto de Sines, ou a barragem de Alqueva, ou o Cemitério dos Prazeres?
Imagine-se o que teria acontecido, se a malta tivesse fechado a cadeado todos esses outros sítios. Uma folia!
A malta gosta do vira, da água-pé, do S. Martinho, das castanhas, das gaitas de foles, da Sagres, do Quim Barreiros, da Bairrada, da quinta da Atalaia, do Marquês de Borba, do Porto Sandman, do Joaquim Camarinha, dos castelos de Lego, do Clube do Casa Pia, das laranjas de Palmela, do Herman, da Fernanda Serrano, da Super-bock, da queima das fitas, dos dragões sandinenses, dos foguetes de Caminha e dos estudantes de Coimbra.
Vivam, pois, os cadeados da estudantina coimbrã.