terça-feira, 15 de julho de 2003

Dantes, reivindicava-se com instantaneidade o paraíso final, fosse ele divino ou comunista. Hoje, a instantaneidade abandonou esse móbil antiquíssimo, escatológico ou ideológico, e passou a ser o próprio modo como, a par das novas máquinas, o homem supre a ainda nova carência de deus. Sem codificações rígidas do futuro e em estado de amnésia colectiva, a instantaneidade ocupou de vez o único estado existente e potencialmente livre: o presente.