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sábado, 28 de julho de 2007

Escavações Contemporâneas - 43


LC
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O sorriso do arquivo no tempo da rede
(António Quadros - António M. Ferro, Org.)
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O Mito Verdade ou Alienação*
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"(…) o mito é uma história exemplar e simbólica que, pelos actos dos seus protagonistas e pelo sentido do seu enredo, testemunha de uma antiquíssima experiência humana, mais profunda, de certo modo, do que a imagem cientifica, moderna e oficial das culturas; é a arca ou o arcano de uma indizível e longa revelação ôntica; é a codificada suma das intuições e de iluminações, de poemas e de filosofemas espontâneos ou aprendidos na vasta gama que vai das formas de cultura e aculturação à inspiração pessoal do transmissor ou do rapsodo; e é o que traz ao presente os segredos antigos e restantes de velhas civilizações e culturas, modificados embora por um percurso semântico difícil de seguir, de capitular e de sistematizar, mas que nem por isso deixa de ser ou deve deixar de ser para nós uma verdadeira «carta de prego», lançada remotamente ao mar do tempo por viajantes desconhecidos, nossos irmãos. José Marinho, um dos poucos filósofos que, depôs de Oliveira Martins, Sampaio Bruno e Aarão de Lacerda, meditou entre nós a essência do mito, escreveu pertinentemente que «todo o poeta verdadeiro, todo o artista autêntico é filómito, e é-o necessariamente. Não há arte sem imagem, e se a imagem meramente virtual não se insere no mundo próprio dos mitos, a imagem simbólica insere-se sempre no mundo mítico».
E isto porque o mito corresponde a uma experiência originária que o poeta não pode encontrar no círculo limitado da sua visão pessoal ou da sua existência social."
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*Poesia e Filosofia do Mito Sebastianista.
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Segundas - João Pereira Coutinho
Terças - Fernando Ilharco
Quartas - Viriato Soromenho Marques
Sextas - Paulo Tunhas
Sábados – António Quadros (António M. Ferro, Org.)