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Da janela vejo a mancha de ciprestes que remata Campo de Ourique do alto dos Prazeres. Mário Botas fixou-os como um bouquet meio selvagem que a cidade, talvez por galanteio trágico, teria herdado do mar. Monsanto, a Ajuda, as bancadas do Atlético, a Tapada e a Tapadinha, Belém, Porto Brandão, os silos da Tafaria, o Bugio, a iluminura final do estuário e a foz do Tejo completam a vista. É diante deste palco ventoso e húmido, sempre sobrevoado por Ícaros motorizados e pela maior das nostalgias solares, que penso no nada que tenho a dizer acerca do episódio de Roma que ontem vi na RTP2. A Cláudia bem perguntava há cinco dias: “Que será de Roma?”.