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O testemunho telecrático é coisa de respeito. Ontem, passariam alguns minutos das nove, choveram mensagens nos meus telemóveis e chegou-me um número razoável de mails. Não tanto pelo facto de o "Prof. Marcelo" ter referido o meu último romance no seu programa, mas sobretudo por ter confundido o meu apelido "Carmelo" com "Caramelo". As pessoas gostam de histórias e isso fez-me lembrar a campanha da Pepsi no anos oitenta, quando Michael Jackson queimou o cabelo na rodagem do filme. Nas aulas que hoje dei - e foram três - o tema ressurgiu. E eu lá tive que explicar que o Monte Carmelo fica no Norte de Israel e que (...). De facto, o "Prof. Marcelo" é uma entidade nacional (que faz vender, dizia-me um antigo editor), mas, às vezes, uma entidade tão apressada - e nem sempre bem preparada - quanto suscitada e até desejada. Mas haja alguma proporção: o que são quatro segundos em directo ao pé de uma coisa que leva oito horas a ler? (não confundir, pois, abismo com ingratidão).