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sexta-feira, 21 de julho de 2006

Custa muito alimentar o bom senso? (act.)

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O caso da reduplicação do Abrupto tem merecido reacções e até polémicas desnecessárias e inesperadas. É verdade e razoável o que o Contrafactos & Argumentos refere, embora o fundo da questão seja, em meu entender, o que leva pessoas a apropriarem-se indevidamente daquilo que não é delas. Puro divertimento, ou algo mais? Eu creio, seguramente, que é algo mais. Bastante, ou mesmo muitíssimo mais. Não entendo, com sinceridade, tanta indignação face ao legítimo alarme de José Pacheco Pereira, independentemente das incorrecções (sobretudo de cariz tecnológico) de quem é atingido e também de quem comenta ou noticia (nos próprios média tradicionais). Argumentar com uma índole especificamente técnica (espelhando, aliás, um saber legítimo que se saúda) e quase silenciar, ao mesmo tempo, o significado real do que está aqui em causa – voluntária ou involuntariamente, uma forma de terrorismo – não é lá de muito bom senso. Será o Abrupto um alvo tão desejado apenas por ser um dos blogues mais visitados da blogosfera? Não sou advogado de ninguém, podem crer; mas há momentos em que a mais essencial das objectividades requer que ponhamos os pés em terra. Custará assim tanto?
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p.s. - Eis aqui mais um (suave?) enigma a somar a este caso.