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domingo, 11 de dezembro de 2005

Sortilégios do musgo

Só por pudor é que não direi há quantos anos não ia apanhar musgo. Mas hoje fui. O carro parado na berma e eu, passo a passo, avançando lentamente de faca na mão. Depois, com o polegar a sentir a textura da terra, fiz a lâmina avançar com cuidado e com muita ternura sob o tufo húmido, em algumas partes ainda polvilhado pelo orvalho. Repeti a operação até que o saco se encheu e o brilho do musgo me iluminou o resto do dia. Até agora.