Jan van Steen
eO absurdo que resulta do cómico consiste numa espécie de movimento sem retorno que o riso parece anunciar e (ameaçar) em cada momento em que se faz acto. Como se o ‘riso sem fim’ fosse uma espécie de horizonte que se desenha no sujeito que ri, através de um sentimento simultâneo da atracção e de temor. É aí, nesse subliminar sonho que se sonha acordado, que o devir da loucura e a tensão do prazer se encontram. No verdadeiro limite de um abismo que é tão inconfessável, quanto inexplicável. Tal como a música, diria Kant.