Vistas largas
Os grandes empresários da área petrolífera encontraram-se em Londres, há poucos dias, numa conferência designada “Oil & Money”. Eis o que nos informa o Economist acerca do tom adoptado nessa reunião:
"LEADING oilmen gathered this week in London for the “Oil & Money” conference, an annual expense-account jamboree often preoccupied with the industry’s woes. This year, though, the tone was cheerful. Jeroen van der Veer, head of Royal Dutch/Shell, reassured his audience that Americans are “still driving their SUVs to Wal-Mart”. Lord Browne, the boss of BP, gave a sunny speech insisting that without petroleum “the world would be a dark, cold and miserable place.”
Face às subidas de preços e ao difícil controlo dos fluxos do mercado, resta a retórica que vê nas alternativas ao petróleo o rosto do diabo. Daqui a trinta anos, as palavras serão certamente outras. Mas, já se sabe, que apesar dos diferendos, dos perigos e das crenças, o ser humano precisa sobretudo de compor o presente e navegar como Vinicius cantava. Até porque haverá sempre um cantinho para aquilo que, no Sofista, se definia como sendo “a corrente que sai da alma pela boca”, ou seja, o discurso.