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quarta-feira, 21 de novembro de 2007

Cerveja e literatura - 50

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Um crime na Escócia, numa pequena terra chamada South Queensferry. Um pub e um encontro entre o inspector John Rebus e Shiobhan. Tudo ainda muito no início. Em estado de mistério. Rod, o barman, adensa o ambiente de mistério, fala em Walter Scott e Robert Louis Stevenson e conclui: “Não está a beber num pub qualquer!”. Antes e depois de Rod aconselhar “haggis, neeps and tatties” (bucho recheado, puré de batata e nabo), é a cerveja que fará o tempo dilatar as expectativas e as provas. Para além de contagiar, a bem de todos, o prazer do próprio presente:
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“- Ela pegou nos copos. - À nossa, Rod.
- À nossa.
De volta à mesa, colocou a caneca de cerveja de Rebus ao lado do bloco de notas aberto.
– Aqui tens. Desculpa a demora, mas acabei de descobrir que o barman conhecia o Herdman. Até pode ser que... – Ela acabara de se sentar. Rebus não lhe prestava atenção nenhuma, não a ouvia sequer. Fitava apenas a folha de papel à sua frente.
- O que foi? – Lançou um olhar de soslaio para o papel e reparou que fora um dos que ela já lera. Detalhes familiares de uma das vítimas. – John? – interpelou-o novamente.”
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(Ian Rankin, Uma Questão de Sangue, tradução: Marlene Morais; Edições ASA, Porto, 2006, pp. 48/49)