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quarta-feira, 10 de outubro de 2007

Cerveja e literatura - 26

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Um testemunho raro de um tempo que os portugueses conhecem mal. A memória não retrai, no entanto, os prazeres. O que não deixa se ser extraordinário:
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“Armavam-se barracas, carrocéis, pistas de dança e bares. Em volta de mesas compridas as pessoas bebiam cerveja, comiam pão com presunto, salsicha e doces. Enganchavam os braços, embalavam-se dum lado para o outro entoando canções.” (…) “O meu pai delirava com a festa do tiro. Bebia várias canecas de cerveja, cantava alto e girava com as raparigas e mulheres na pista de dança”.
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(Ilse Losa, O Mundo em que vivi, Plátano Editora, Lisboa, 1975 - 4ª edição - , p.186)