Uma chegada a Hamburgo à meia-noite. Depois um desconhecido. Logo a seguir a travessia, já a dois, de uma zona emblemática. E ainda uma fotografia simbólica do antigo regime (também não havia outra no Oceano Google). Tudo traduzido, para culminar o fado germano-francês, por um escritor algo seráfico e convertido - a seu modo - à “Ibéria”. Enfim, uma cerveja convulsiva entre as luzes da noite:
e
“O táxi meteu, por fim, pela Reeperbahn: music-halls, cervejarias, dancings e cabarets. Cingido de mil letreiros multicolores, Sankt Pauli desprezava o aguaceiro!
– Já não conheço este bairro! – exclamou Dieter. – É certo que não venho aqui há quinze anos. Esqueci-me de dizer-lhe... Sou de Berlim e passei uma parte da guerra, e do após-guerra também, na América.”
“O táxi meteu, por fim, pela Reeperbahn: music-halls, cervejarias, dancings e cabarets. Cingido de mil letreiros multicolores, Sankt Pauli desprezava o aguaceiro!
– Já não conheço este bairro! – exclamou Dieter. – É certo que não venho aqui há quinze anos. Esqueci-me de dizer-lhe... Sou de Berlim e passei uma parte da guerra, e do após-guerra também, na América.”
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(Christine Garnier, Uma Mulher em Berlim, tradução de José Saramago; Publicações Europa-América, Mem Martins, 1957, p.20)
(Christine Garnier, Uma Mulher em Berlim, tradução de José Saramago; Publicações Europa-América, Mem Martins, 1957, p.20)