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terça-feira, 17 de julho de 2007

O Terrível

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A realidade: um jovem escava na areia e, a certa altura, as paredes de areia cedem. É uma morte bizarra. Os jornais dão hoje conta do terrível acidente que ontem teve lugar na praia de Quarteira.
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A alegoria: Manuel Monteiro afirma que está a mais. Já agora, acrescenta, ele e todos os outros (leia-se: todos os outros políticos). Quer sair do PND, de que é, creio, o único membro. Ou quase. É tudo uma questão de caras; de “caras” que se vão tornando cansativas. É a teoria da asfixia política pura. Escavada pelo próprio. Há tanto tempo. Sem que tenha plena consciência do facto. Um acidente na política nunca chega a ser noticiado. O terrível não faz parte do cânone político do nosso quotidiano. Se fizesse, Monteiro, espécie de fácil cereja sobre o bolo, estaria longe, muito longe de ser o único. Cada vez mais longe.