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sábado, 2 de junho de 2007

Escavações Contemporâneas - 21


LC
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O sorriso do arquivo no tempo da rede
(hoje: António Quadros, Org. António M. Ferro)
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Os escritores: uma missão sem tempo*
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Toma aspectos angustiosos, o drama dos escritores. Homens de missão, como podem eles cumpri-la com a plena responsabilidade sem a qual a obra humana nunca se completa? A missão degrada-se entre nós, em virtuosismo amador. Raras são as actividades que se constituíram profissionalmente e não conquistaram os seus sagrados direitos. A grande excepção é a actividade intelectual. Dir-se-á que a literatura não é uma profissão, mas sim um sacerdócio, algo que plana acima do grosseiro materialismo da vida. Enquanto o escritor não dispuser de tempo, porém, a sua actividade não poderá constituir um sacerdócio, como não constitui uma profissão.
O escritor também tem o direito inalienável à família, à casa, à satisfação das mais naturais ambições humanas. Para realizar estes fins, busca a subsistência e a sobrevivência fora da sua vocação, em outras profissões, em trabalhos burocráticos que o diminuem intelectualmente e lhe roubam o tempo, o tempo sem o qual não haverá ócio e portanto criação.
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*«A Existência Literária»
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Segundas - João Pereira Coutinho
Terças - Fernando Ilharco
Quartas - Viriato Soromenho Marques
Quintas - Bragança de Miranda
Sextas - Paulo Tunhas
Sábados – António Quadros (António M. Ferro, Org.)