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quarta-feira, 9 de maio de 2007

Escavações Contemporâneas - 6


LC
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O sorriso do arquivo no tempo da rede
(hoje: Viriato Soromenho Marques*)
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O POETA DA ARRÁBIDA (09/02/2002)
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"No passado dia 7 completaram-se 50 anos sobre o desaparecimento físico de Sebastião da Gama (1924-1952).
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Sebastião da Gama foi um meteoro na nossa literatura. A sua morte prematura aos 27 anos não o impediu de publicar em vida quatro livros, a que se seguiram outras obras pela mão de personalidades como Hernâni Cidade ou David Mourão Ferreira. Na sua curta existência, a Serra da Arrábida ocupa um lugar absolutamente central. No plano poético, a Serra-Mãe (1945) é a perfeita celebração de uma montanha que representava para o poeta uma espécie de símbolo e ponte com o destino, a transcendência e a divindade.
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Mas o poeta da Arrábida foi também um educador nato. Alguém que no magistério educativo juntava os princípios do amor e da responsabilidade. Recordo-me dos olhos brilhantes, como alguns dos seus ex-alunos me deram testemunho da força luminosa e do sortilégio de bondade que irradiavam da sua personalidade ímpar.
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Na sua poesia, Sebastião da Gama atingiu o coração das coisas, e soube enfrentar com coragem os grandes desafios da vida e da morte. Foi um meteoro que ascendeu à categoria de estrela. Uma estrela solitária, que dispensa constelações, como tudo o que é verdadeiramente grande."