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O Miniscente tem estado a publicar uma série de entrevistas acerca da blogosfera e dos seus impactos na vida específica dos próprios entrevistados. Hoje a convidada é Carla Hilário de Almeida Quevedo, tradutora e cronista, 36 anos (http://bomba-inteligente.blogspot.com/).
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- O que é que lhe diz a palavra "blogosfera"?
Ah, essa é fácil, Luís! A blogosfera é o conjunto de blogues e dos seus leitores.
- Qual foi o acontecimento (nacional ou internacional) que mais intensamente seguiu apenas através de blogues?
Ora, assim de repente… nenhum. Mas é verdade que segui quase exclusivamente os acontecimentos nacionais referentes aos blogues portugueses, como o fim da Coluna Infame ou do Barnabé (acontecimentos que serão também internacionais, dado que na blogosfera não há fronteiras), com algum impacto na imprensa escrita, embora não tanto como mereciam.
- Qual foi o maior impacto que os blogues tiveram na sua vida pessoal?
No meu caso, o impacto foi muito surpreendente. Para quem nunca esperou nada do blogue (a não ser divertir-se a revelar gostos e opiniões e a treinar a escrita), só posso dar-me por muitíssimo satisfeita e feliz com todas as coisas boas que me aconteceram; como, por exemplo: a edição de livros a partir de blogues e a colaboração regular na imprensa escrita, primeiro no Expresso e, a partir daí, na Atlântico e no Sol. Conheci ainda pessoas de quem sou amiga e com as quais não teria o tipo de amizade e de proximidade que hoje em dia tenho, se não tivesse havido leitura mútua e discussão de pontos de vista, a partir de gostos e de ideias apresentados e desenvolvidos nos respectivos blogues. Ah, e vejo menos televisão. Não sei se isso está relacionado com os blogues (se com a própria televisão), mas há bastante tempo que só vejo séries e pouco mais.
- Acredita que a blogosfera é uma forma de expressão editorialmente livre?
Mais do que uma forma de expressão, a blogosfera é um meio de comunicação e, como tal, é livre como qualquer outro. Julgo que o problema da liberdade está nas pessoas e não no meio utilizado: há pessoas mais livres que outras. E há momentos em que mesmo as pessoas mais livres não se sentem nada livres. É isso! A liberdade pode ser um estado de espírito. Por exemplo, quando estou triste, sinto-me menos livre. Chamem-me romântica. Mas considero-me uma pessoa livre e por várias razões, que passo a enumerar (só porque adoro a coisa esquemática): 1) opto por não alimentar situações à partida doentias; 2) não sou hostil à liberdade dos outros; 3) sou, sobretudo, uma pessoa imaginativa e estou muito interessada nos aspectos criativos e artísticos (relacionados com a escrita e com as ideias) possíveis de serem testados e experimentados no blogue. Nada disso seria possível sem liberdade (de espírito, momentânea, objectiva, o que se quiser). Ah, e editorialmente, claro que sim. Nos casos em que o blogueador é uma pessoa livre - ou nos momentos em que se sente livre -, uma vez que o editor do blogue é também o seu autor.
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Entrevistas anteriores (apenas a Série II): Eduardo Pitta, Paulo Querido, Carlos Leone, Paulo Gorjão, Bruno Alves, José Bragança de Miranda, João Pereira Coutinho, José Pimentel Teixeira, Rititi, Rui Semblano, Altino Torres, José Pedro Pereira, Bruno Sena Martins, Paulo Pinto Mascarenhas, Tiago Barbosa Ribeiro, Ana Cláudia Vicente, Daniel Oliveira, Leandro Gejfinbein, Isabel Goulão, Lutz Bruckelmann, Jorge Melícias, Carlos Albino, Rodrigo Adão da Fonseca, Tiago Mendes, Nuno Miguel Guedes, Miguel Vale de Almeida, Pedro Magalhães, Eduardo Nogueira Pinto, Teresa Castro (Tati), Rogério Santos, Lauro António, Isabela, Luis Mourão, bloggers do Escola de Lavores, Bernardo Pires de Lima, Pedro Fonseca, Luís Novaes Tito e Carlos Manuel Castro, João Aldeia, João Paulo Meneses, Américo de Sousa, Carlota, João Morgado Fernandes, José Pacheco Pereira, Pedro Sette Câmara, Rui Bebiano, António Balbino Caldeira e Madalena Palma. Agenda para esta semana (de 8 /1 a 13/1/07): Carla Quevedo, Pedro Lomba, Luís Miguel Dias, Leonel Vicente, José Manuel Fonseca e Patrícia Gomes da Silva.
- O que é que lhe diz a palavra "blogosfera"?
Ah, essa é fácil, Luís! A blogosfera é o conjunto de blogues e dos seus leitores.
- Qual foi o acontecimento (nacional ou internacional) que mais intensamente seguiu apenas através de blogues?
Ora, assim de repente… nenhum. Mas é verdade que segui quase exclusivamente os acontecimentos nacionais referentes aos blogues portugueses, como o fim da Coluna Infame ou do Barnabé (acontecimentos que serão também internacionais, dado que na blogosfera não há fronteiras), com algum impacto na imprensa escrita, embora não tanto como mereciam.
- Qual foi o maior impacto que os blogues tiveram na sua vida pessoal?
No meu caso, o impacto foi muito surpreendente. Para quem nunca esperou nada do blogue (a não ser divertir-se a revelar gostos e opiniões e a treinar a escrita), só posso dar-me por muitíssimo satisfeita e feliz com todas as coisas boas que me aconteceram; como, por exemplo: a edição de livros a partir de blogues e a colaboração regular na imprensa escrita, primeiro no Expresso e, a partir daí, na Atlântico e no Sol. Conheci ainda pessoas de quem sou amiga e com as quais não teria o tipo de amizade e de proximidade que hoje em dia tenho, se não tivesse havido leitura mútua e discussão de pontos de vista, a partir de gostos e de ideias apresentados e desenvolvidos nos respectivos blogues. Ah, e vejo menos televisão. Não sei se isso está relacionado com os blogues (se com a própria televisão), mas há bastante tempo que só vejo séries e pouco mais.
- Acredita que a blogosfera é uma forma de expressão editorialmente livre?
Mais do que uma forma de expressão, a blogosfera é um meio de comunicação e, como tal, é livre como qualquer outro. Julgo que o problema da liberdade está nas pessoas e não no meio utilizado: há pessoas mais livres que outras. E há momentos em que mesmo as pessoas mais livres não se sentem nada livres. É isso! A liberdade pode ser um estado de espírito. Por exemplo, quando estou triste, sinto-me menos livre. Chamem-me romântica. Mas considero-me uma pessoa livre e por várias razões, que passo a enumerar (só porque adoro a coisa esquemática): 1) opto por não alimentar situações à partida doentias; 2) não sou hostil à liberdade dos outros; 3) sou, sobretudo, uma pessoa imaginativa e estou muito interessada nos aspectos criativos e artísticos (relacionados com a escrita e com as ideias) possíveis de serem testados e experimentados no blogue. Nada disso seria possível sem liberdade (de espírito, momentânea, objectiva, o que se quiser). Ah, e editorialmente, claro que sim. Nos casos em que o blogueador é uma pessoa livre - ou nos momentos em que se sente livre -, uma vez que o editor do blogue é também o seu autor.
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Entrevistas anteriores (apenas a Série II): Eduardo Pitta, Paulo Querido, Carlos Leone, Paulo Gorjão, Bruno Alves, José Bragança de Miranda, João Pereira Coutinho, José Pimentel Teixeira, Rititi, Rui Semblano, Altino Torres, José Pedro Pereira, Bruno Sena Martins, Paulo Pinto Mascarenhas, Tiago Barbosa Ribeiro, Ana Cláudia Vicente, Daniel Oliveira, Leandro Gejfinbein, Isabel Goulão, Lutz Bruckelmann, Jorge Melícias, Carlos Albino, Rodrigo Adão da Fonseca, Tiago Mendes, Nuno Miguel Guedes, Miguel Vale de Almeida, Pedro Magalhães, Eduardo Nogueira Pinto, Teresa Castro (Tati), Rogério Santos, Lauro António, Isabela, Luis Mourão, bloggers do Escola de Lavores, Bernardo Pires de Lima, Pedro Fonseca, Luís Novaes Tito e Carlos Manuel Castro, João Aldeia, João Paulo Meneses, Américo de Sousa, Carlota, João Morgado Fernandes, José Pacheco Pereira, Pedro Sette Câmara, Rui Bebiano, António Balbino Caldeira e Madalena Palma. Agenda para esta semana (de 8 /1 a 13/1/07): Carla Quevedo, Pedro Lomba, Luís Miguel Dias, Leonel Vicente, José Manuel Fonseca e Patrícia Gomes da Silva.