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Não, caro Ahmadinejad, o Holocausto nunca existiu. Nem o senhor Khomeini jamais existiu. O que existiu foi uma espécie de Peter Pan que brincava com o lego e que se entretinha a pintar o céu com imagens vagas de barbudos vestidos de negro. O que existiu foi um tinteiro que se entornou na mesa do criador e que cobriu de pólvora os soldadinhos de chumbo e muitos dos outros figurantes da brincadeira. O que existiu foi uma mancha de petróleo que saiu dos fundos da terra e que acabou por colar as pestanas do ditador visionário a essa esfera celeste onde continuam a vaguear os tais barbudos envoltos em cetim da cor do carvão.
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Não, caro Ahmadinejad, o Holocausto nunca existiu. Nem o senhor jamais levou infiéis de braço dado para a forca, nem o fogo cruzado chegou alguma vez a incendiar os tanques de papel com que o seu Action Man se costuma divertir. O que existiu foi uma nuvem de insectos que, no seu sótão de guerras entre bonecos da Olá e da Rajá, sucumbiram um dia aos insecticidas comprados na drogaria do senhor Shalimar. O que se fez sentir neste planeta foi uma intensa vibração de versículos e fatwas que um cavalo ainda maior que o de Tróia transformou um dia em serpentes venenosas. O que existiu foi tudo afinal em desenhos animados, mesmo quando neste Outono alguém bloqueou 13 milhões de posts em blogues espalhados por todo o Irão.
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Não, caro Ahmadinejad, o Holocausto nunca existiu. Nem o primeiro dos Darios da Pérsia jamais existiu quanto mais o terceiro que se encontrou um dia, e sabe deus como, com Alexandre. Nem o império Persa, que conquistou o babilónico algumas décadas depois do início do exílio judaico, adoptou o Aramaico como língua oficial. Nem terá sido o persa Ciro II que possibilitou aos judeus regressarem, em 537 a.C., do exílio às actuais terras de Israel. Nada, nada disto aconteceu ou existiu. Nem mesmo as torturas a cargo do senhor Saeed Mortazavi sobre jornalistas e bloggers alguma vez existiram. O que existe é apenas a laranjada que Ahmadinejad bebe ao lanche, entre os fósforos que acende para queimar a borracha de que é feita a cabeça do Peter Pan. Ou será do Action Man?
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Não, caro Ahmadinejad, o Holocausto nunca existiu. Nem o senhor jamais levou infiéis de braço dado para a forca, nem o fogo cruzado chegou alguma vez a incendiar os tanques de papel com que o seu Action Man se costuma divertir. O que existiu foi uma nuvem de insectos que, no seu sótão de guerras entre bonecos da Olá e da Rajá, sucumbiram um dia aos insecticidas comprados na drogaria do senhor Shalimar. O que se fez sentir neste planeta foi uma intensa vibração de versículos e fatwas que um cavalo ainda maior que o de Tróia transformou um dia em serpentes venenosas. O que existiu foi tudo afinal em desenhos animados, mesmo quando neste Outono alguém bloqueou 13 milhões de posts em blogues espalhados por todo o Irão.
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Não, caro Ahmadinejad, o Holocausto nunca existiu. Nem o primeiro dos Darios da Pérsia jamais existiu quanto mais o terceiro que se encontrou um dia, e sabe deus como, com Alexandre. Nem o império Persa, que conquistou o babilónico algumas décadas depois do início do exílio judaico, adoptou o Aramaico como língua oficial. Nem terá sido o persa Ciro II que possibilitou aos judeus regressarem, em 537 a.C., do exílio às actuais terras de Israel. Nada, nada disto aconteceu ou existiu. Nem mesmo as torturas a cargo do senhor Saeed Mortazavi sobre jornalistas e bloggers alguma vez existiram. O que existe é apenas a laranjada que Ahmadinejad bebe ao lanche, entre os fósforos que acende para queimar a borracha de que é feita a cabeça do Peter Pan. Ou será do Action Man?