AFA
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Extractos de posts que dão conta do olhar (prevenido ou desprevenido) do blogger sempre que contempla pelo retrovisor a paisagem da blogosfera
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"Eu gosto muito da Wikipédia, de vez em quando vou lá procurar coisas e dá-me jeito. Dantes era snob em relação a ela, hoje já não. Acho giro, bom, democrático, útil."
André Belo (26/09/06)
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"Eu gosto muito da Wikipédia, de vez em quando vou lá procurar coisas e dá-me jeito. Dantes era snob em relação a ela, hoje já não. Acho giro, bom, democrático, útil."
André Belo (26/09/06)
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Ficha Técnica
Qualidade da vista: Telescópica
Estado da viajante: Redentor.
Tipo de espelho: Côncavo, a caminho da generosidade.
Tom (linguagem vs. rede): Adagio, embora com o pathos controlado.
Outras impressões: Foi na Holanda de seiscentos, por força dos novos dispositivos ópticos e também da indústria do vidro, que surgiu uma nova visibilidade. As novas vistas evoluíram rápida e experimentalmente do infinitamente pequeno ao estelar (do microscópio ao telescópio). Estes prodígios próprios de uma ‘Holanda voadora’ levaram Vermeer, Steen e Rembrandt, entre muitos outros, a trocar a grande narrativa de sempre pela mais elementar observação do quotidiano: anatomias, interiores de casas, corpos, afazeres domésticos ou públicos. Esta reviravolta também tem a sua história na rede. A pouco e pouco, a inscrição de dados deixou de se enquadrar em narrativas fixas (blogues de referência, sites de crédito, fontes autorizadas e tradicionais do mundo offline) para passar a ser pura circulação de dados, mobilidade autorial e partilha de palimpsestos sempre provisórios. As fontes foram-se tornando em novos baldios, no seio dos quais a letra desliza e o coração se reencontra entre a compulsão e o efémero. É por isso que a singular reviravolta do André não é um passo de dança isolado. Longe disso: o novo salão de baile é orbital, multiplanar e avança para além dos limites do próprio salão ao som de uma música tecno que vai recriando o grande barroco, embora já sem tutela divina ou leibniziana. O novo Deus é a permanente actualização e expansão da rede. Afinal, uma suave recriação do Big Bang.
Qualidade da vista: Telescópica
Estado da viajante: Redentor.
Tipo de espelho: Côncavo, a caminho da generosidade.
Tom (linguagem vs. rede): Adagio, embora com o pathos controlado.
Outras impressões: Foi na Holanda de seiscentos, por força dos novos dispositivos ópticos e também da indústria do vidro, que surgiu uma nova visibilidade. As novas vistas evoluíram rápida e experimentalmente do infinitamente pequeno ao estelar (do microscópio ao telescópio). Estes prodígios próprios de uma ‘Holanda voadora’ levaram Vermeer, Steen e Rembrandt, entre muitos outros, a trocar a grande narrativa de sempre pela mais elementar observação do quotidiano: anatomias, interiores de casas, corpos, afazeres domésticos ou públicos. Esta reviravolta também tem a sua história na rede. A pouco e pouco, a inscrição de dados deixou de se enquadrar em narrativas fixas (blogues de referência, sites de crédito, fontes autorizadas e tradicionais do mundo offline) para passar a ser pura circulação de dados, mobilidade autorial e partilha de palimpsestos sempre provisórios. As fontes foram-se tornando em novos baldios, no seio dos quais a letra desliza e o coração se reencontra entre a compulsão e o efémero. É por isso que a singular reviravolta do André não é um passo de dança isolado. Longe disso: o novo salão de baile é orbital, multiplanar e avança para além dos limites do próprio salão ao som de uma música tecno que vai recriando o grande barroco, embora já sem tutela divina ou leibniziana. O novo Deus é a permanente actualização e expansão da rede. Afinal, uma suave recriação do Big Bang.
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