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quarta-feira, 29 de novembro de 2006

A paródia é um mar

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Caro João Sousa André: as entrevistas do Miniscente não são sociológicas, nem analógicas, nem meteorológicas. São apenas isto: um eflúvio livre sem grande critério, sem cálculo preciso quanto à natureza dos convidados e sem um horizonte fixo ou ancorado em fantasias. Nem sei bem como apareceram, era fim de Agosto e eu estava a escrever outra coisa de fôlego que não vem ao caso, e pareceu-me bem dar a voz em vez do leme da habitual polifonia. Nesse sentido, a intervenção do João Villalobos - lembro logo as Bachianas - é parte genuína desta aurora boreal criada no Miniscente. Aliás, com a devida licença e por apreço óbvio, tenciono publicá-la aqui no eflúvio. Mais tarde, há sempre um pós-isto tudo, estas entrevistas hão-de servir para qualquer coisa. Provavelmente para lembrar a cor do mar.