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O Miniscente continua a publicar uma série de entrevistas acerca da blogosfera e dos seus impactos na vida específica dos próprios entrevistados. Hoje o convidado é Manuel Pinto, director do CECS - Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade, da Universidade do Minho
O Miniscente continua a publicar uma série de entrevistas acerca da blogosfera e dos seus impactos na vida específica dos próprios entrevistados. Hoje o convidado é Manuel Pinto, director do CECS - Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade, da Universidade do Minho
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- O que é que lhe diz a palavra “blogosfera”?
Denuncia e ao mesmo tempo prenuncia um espaço ainda relativamente invisível que representa uma ampliação da esfera pública e da conversação social. O seu lado babélico esconde, apesar de tudo, zonas, recantos e iniciativas de enorme variedade e interesse. Esferas de preocupações, fóruns onde comparecem novos actores. Uma novidade (relativa) onde é possível encontrar de tudo, incluindo o que de mais velho e relho imaginar se possa.
- Seguiu algum acontecimento nacional ou internacional através de blogues?
Segui vários, quer nacionais quer internacionais. Recorto com nitidez o caminhar para a (e o acontecer da) guerra no Iraque. E como era, então, difícil manifestar dúvidas, suscitar interrogações, perante as certezas de quem não só acreditava não haver outro caminho como pretendia apertar os calos a quem disso duvidasse.
- Qual foi o maior impacto que os blogues tiveram na sua vida pessoal?
Descobri os blogues e a blogosfera em Fevereiro de 2002, através de uma aluna de mestrado que apareceu numa aula de Sociologia das Fontes Jornalísticas com um trabalho sobre o fenómeno. Da discussão então surgida nasceu o blogue Jornalismo e Comunicação (http://webjornal.blogspot.com/), que entretanto cresceu e conquistou o seu espaço. Desde cedo me dei conta de que através dos blogues ou de outras ferramentas e serviços, algo de novo adquiria foros de cidadania. Muito por causa da tecnologia, mas também muito por causa da nossa necessidade de redescobrir a participação, de conversar, de intervir. O primeiro encontro nacional de weblogs, que organizámos na Universidade do Minho em Setembro de 2003 (e que teve cobertura no Telejornal, com a criação de um blogue em directo) foi o desenvolvimento lógico dessa descoberta inicial.
- Acredita que a blogosfera é uma forma de expressão editorialmente livre?
Livre no sentido de todos poderem exercer tal liberdade entendo que não, dado que o fosso digital (não só tecnológico e económico, mas também – sobretudo? - cultural) ainda é importante.
Livre no sentido de podermos dizer o que queremos, creio que sim, salvaguardando que, tal como na vida, e como escrevia Ortega y Gasset, "eu sou eu e as minhas circunstâncias". Diria, assim, que a blogosfera é mais um espaço onde se constrói (ou não) a liberdade.
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Nos posts de baixo: entrevistas a Carlos Zorrinho, Jorge Reis-Sá, Nuno Magalhães, José Luís Peixoto, Carlos Pinto Coelho, José Quintela, Reginaldo de Almeida, Filipa Abecassis, Pedro Baganha, Hans van Wetering, Milton Ribeiro, José Alexandre Ramos, Paulo Tunhas, António Nunes Pereira, Fernando Negrão, Emanuel Vitorino, António M. Ferro, Francisco Curate, Ivone Ferreira, Luís Graça, Manuel Pedro Ferreira, Maria Augusta Babo, Luís Carloto Marques, Eduardo Côrte-real, Lúcia Encarnação, Paulo José Miranda, João Nasi Pereira, Susana Silva Leite, Isabel Rodrigues, Carlos Vilarinho, Cris Passinato, Fernanda Barrocas, Helena Roque, Maria Gabriela Rocha, Onésimo Almeida, Patrícia Gomes da Silva, José Carlos Abrantes, Paulo Pandjiarjian, Marcelo Bonvicino, Maria João Baltazar, Jorge Palinhos, Susana Santos e Miguel Martins.
- O que é que lhe diz a palavra “blogosfera”?
Denuncia e ao mesmo tempo prenuncia um espaço ainda relativamente invisível que representa uma ampliação da esfera pública e da conversação social. O seu lado babélico esconde, apesar de tudo, zonas, recantos e iniciativas de enorme variedade e interesse. Esferas de preocupações, fóruns onde comparecem novos actores. Uma novidade (relativa) onde é possível encontrar de tudo, incluindo o que de mais velho e relho imaginar se possa.
- Seguiu algum acontecimento nacional ou internacional através de blogues?
Segui vários, quer nacionais quer internacionais. Recorto com nitidez o caminhar para a (e o acontecer da) guerra no Iraque. E como era, então, difícil manifestar dúvidas, suscitar interrogações, perante as certezas de quem não só acreditava não haver outro caminho como pretendia apertar os calos a quem disso duvidasse.
- Qual foi o maior impacto que os blogues tiveram na sua vida pessoal?
Descobri os blogues e a blogosfera em Fevereiro de 2002, através de uma aluna de mestrado que apareceu numa aula de Sociologia das Fontes Jornalísticas com um trabalho sobre o fenómeno. Da discussão então surgida nasceu o blogue Jornalismo e Comunicação (http://webjornal.blogspot.com/), que entretanto cresceu e conquistou o seu espaço. Desde cedo me dei conta de que através dos blogues ou de outras ferramentas e serviços, algo de novo adquiria foros de cidadania. Muito por causa da tecnologia, mas também muito por causa da nossa necessidade de redescobrir a participação, de conversar, de intervir. O primeiro encontro nacional de weblogs, que organizámos na Universidade do Minho em Setembro de 2003 (e que teve cobertura no Telejornal, com a criação de um blogue em directo) foi o desenvolvimento lógico dessa descoberta inicial.
- Acredita que a blogosfera é uma forma de expressão editorialmente livre?
Livre no sentido de todos poderem exercer tal liberdade entendo que não, dado que o fosso digital (não só tecnológico e económico, mas também – sobretudo? - cultural) ainda é importante.
Livre no sentido de podermos dizer o que queremos, creio que sim, salvaguardando que, tal como na vida, e como escrevia Ortega y Gasset, "eu sou eu e as minhas circunstâncias". Diria, assim, que a blogosfera é mais um espaço onde se constrói (ou não) a liberdade.
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Nos posts de baixo: entrevistas a Carlos Zorrinho, Jorge Reis-Sá, Nuno Magalhães, José Luís Peixoto, Carlos Pinto Coelho, José Quintela, Reginaldo de Almeida, Filipa Abecassis, Pedro Baganha, Hans van Wetering, Milton Ribeiro, José Alexandre Ramos, Paulo Tunhas, António Nunes Pereira, Fernando Negrão, Emanuel Vitorino, António M. Ferro, Francisco Curate, Ivone Ferreira, Luís Graça, Manuel Pedro Ferreira, Maria Augusta Babo, Luís Carloto Marques, Eduardo Côrte-real, Lúcia Encarnação, Paulo José Miranda, João Nasi Pereira, Susana Silva Leite, Isabel Rodrigues, Carlos Vilarinho, Cris Passinato, Fernanda Barrocas, Helena Roque, Maria Gabriela Rocha, Onésimo Almeida, Patrícia Gomes da Silva, José Carlos Abrantes, Paulo Pandjiarjian, Marcelo Bonvicino, Maria João Baltazar, Jorge Palinhos, Susana Santos e Miguel Martins.