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sábado, 25 de março de 2006

A saudade não existe

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Lembro-me das famosas entrevistas de Adriaan van Dis na VPRO, geralmente no canal 2 holandês. Nos anos oitenta, as noites de Domingo eram sagradas por causa dessas emissões e sobretudo devido às entrevistas que eram transmitidas a partir do pequeno teatro do café Ijsbreker. Fui vizinho desse café, no início da década, e escrevi aí por sinal uma boa parte do meu primeiro romance. Mudei-me depois para o centro (para o Jordaan) e foi aí, a partir de 1985, que Adriaan van Dis passou a galvanizar audiências.
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Lembro-me de uma demolidora entrevista a Rentes de Carvalho, de uma outra (bastante cáustica) à Isabel Allende e ainda de uma outra em que o entrevistado – um escritor holandês mal disposto de que não me lembro o nome – abandonou Adriann van Dis em directo por jurar que ele não tinha lido o seu romance de mais de mil páginas e que era, afinal, o motivo da entrevista.