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domingo, 12 de março de 2006

A justiça e as afeições da alma

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Bem sei que o princípio da causalidade é um princípio eminentemente básico. Mas a verdade é que, depois de lida a última página (do caderno principal) do Expresso desta semana - sem links - e a inesperada “Despedida” do Espectro (assinada por “VPV” e “CCS”), nada parece querer fazer desmobilizar a pertinência de tal princípio. Nesta altura triste, ficaria bem alinhar aqui uma ou duas citações de Dostoievski para explicar o afectado balancear da sensibilidade de Clara Ferreira Alves. Sendo certo que as mesmas não bastariam para explicar a “pena” com que se assinala e partilha o lamentável fim do Espectro (de que irei realmente sentir a falta). A força que a sensibilidade pode ter neste nosso incauto mundo! Pela minha parte, já tinha pensado muitas vezes que existem coisas bem piores do que lavar a louça.

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Anexo:

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Este é o texto de “VPV" que terá causado algum mau tempo no canal, ou seja, um recurso à justiça por parte de C.F.A. (post de há uma semana):
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“A hipotética "dra." Clara Ferreira Alves (chegou com dificuldade ao actual 12º ano), crítica literária que leu (jura ela) "os clássicos", especialista do último escritor inglês com quem almoçou, autora de um romance anunciado em 1984 e nunca até agora publicado, dona de uma coluna ilegível (e bem escondida) na "revista" do Expresso, foi um dia arvorada directora da "Casa-Museu Fernando Pessoa" pela conhecida irresponsabilidade de Pedro Santana Lopes, de quem ela tinha sido uma entusiástica partidária. Daí em diante, a importantíssima Ferreira Alves e o "Pedro", como ela dizia, ficaram muito amigos. Tão amigos que a "dra." Clara apareceu um dia presuntiva directora do "Diário de Notícias", coisa que me levou a sair antes que ela entrasse. Felizmente, não entrou, porque teve medo de cair na rua entre o "Expresso" e o DN, com a reputação de uma "santanete" obediente. Agora, morto o seu patrono, não perde uma para o maltratar, supondo que demonstra "independência". Ontem, a propósito de um "Audi", que o homem comprou, despejou em cima da cabeça dele todo o lixo do mundo. Santana não aprendeu que a certa espécie de pessoas não se fazem favores.Se a "dra." Clara me quiser responder, sugiro que me responda em inglês e não meta na conversa a sua célebre descrição do pôr-do-sol no Cairo. Muito obrigado.”