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domingo, 5 de fevereiro de 2006

Match

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Vi anteontem Match Point, o filme realizado e escrito o ano passado por Woody Allen. Uma história soft desenvolvida em torno do papel do acaso e da culpa. Tem um leve toque paródico e algo godardiano de policial e escapa curiosamente, no final, à regra clássica de um bom desenlace: dar ao público o que ele deseja, mas não forma que seria esperada. A relação entre a bola de ténis e a aliança de umas das vítimas (que, ao ser lançada, embate nas grades metálicas que dão para o Tamisa) acaba por desenhar o destino do protagonista (Chris Wilton/ Jonathan Rhys-Meyers), colocando-o no limbo onde o passado de grande jogador e o futuro de mísero gigolo passarão a coexistir. Pouco mais há a salientar, a não ser a reconstituição um tanto liofilizada do ambiente british que, em certos detalhes, se torna mais próxima do grotesco do que da verossimilhança (veja-se a figura de Alec Hewett/ Brian Cox).

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É evidente que Scarlett Johansson está óptima no filme e em todo o lado. Uma verdadeira respiração de vida. Mas isso já todos nós sabíamos.