Páginas

sábado, 15 de outubro de 2005

A sapiência e o chouriço
(cada vez mais actualizado)
rr

Thomas Hoepker

Escreve o sapiente Crítico:

“(…) não alinho em grupos nem em carneiradas, mesmo que sejam organizadas por bloggers esclarecidos e muito visitados que oferecem links a quem os apoiar, numa espécie de oferta manipuladora de chouriços em campanha eleitoral. Não contem comigo.”

E escrevo eu, mero mortal: quem “alinha” ou não em "micro-causas", tendo como base a ideia de “carneirada” vs. “não-carneirada”, é porque não opta de acordo com o critério fundamental: a liberdade. Dispenso de me alongar em ilações (e haveria muitas e interessantes).

P.S.: Poder-se-á ver nos comentários a este post o andamento da discórdia com o Crítico. Face a face, olhos nos olhos: coisa saudável, julgava eu. Mas ao ler o post de resposta do Crítico, entendi, pela adjectivação e pelo tom, que a coisa foi levada a peito com uma rigidez que eu não poderia supor. Por isso repito: li o texto todo do Crítico que deu origem à minha (legítima) crítica e continuo a considerar que essa coisa do mercado "de links", assim como a confiança no Público - para além das subliminares fracturas com outras pessoas e "blogueiros" citados a que sou radicalmente alheio -, não se podem sobrepor ao critério fundamental que nos leva, ou não, a optar por apoiar causas (independentemente da metáfora da "carneirada"): a liberdade. Só isso. Já quanto à questão da "desonestidade intelectual" (aliás devidamente adverbializada), enfim, deixo isso à consideração dos que crêem com júbilo na sacralização das artes.