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terça-feira, 20 de setembro de 2005

O golo na própria baliza


No seu súbito e propositado silêncio - há quase uma semana que deixou de aparecer -, Soares já deverá ter entendido, não apenas os riscos que corre, mas sobretudo a desvantagens que o próprio, talvez irremediavelmente, acabou por criar: ter entrado em cena de modo não afirmativo (contra "Y"), ter aparecido voluntariamente como último e assumido recurso e, por fim, ter denotado uma voragem que o tempo já deveria ter saciado com alguma esclarecida sageza.
São factos que estão à vista de todos.
Nem registo aqui as óbvias mudanças políticas de Soares, com ênfase para o chamado pós-09/11.
O apelo abstencionista vai ser grande nos próximos meses.

P.S. - Afinal, o desaparecimento de Soares é parcial.