1506-2006: pedido de desculpas e reflexão
“Von dem Christeliche/ Streyt, kürtzlich geschehe/ jm. M.CCCCC.vj Jar zu Lissbona/ ein haubt stat in Portigal zwischen en christen und newen chri/ sten oder juden, von wegen des gecreutzigisten [sic] got”(reprodução a partir de cópia publicada pelo Hebrew Union College, Cincinnati, OH. O original encontra-se na Houghton Library, Harvard University)”
É altura para relembrar o massacre da comunidade judaica de Lisboa de 1506, de que este panfleto anónimo é sinal claro (terá sido impresso na Alemanha alguns meses depois do “Progrom”). A morte de mais de quatro mil pessoas foi o símbolo terrível, não do fim de uma convivência, mas de uma amputação naquilo que é hoje Portugal.
Para o ano, em 2006, este facto deveria ser insistentemente relembrado. Não apenas como pretexto para um necessário pedido oficial de desculpas à comunidade judaica internacional, mas sobretudo para uma reflexão mais vasta e actual sobre a importância da liberdade e as raízes da democracia.
Proponho que a blogosfera crie um movimento que coloque na agenda, em 2006, o “Progrom” de 1506. O estado português - que somos nós todos - deve uma importantíssima palavra à comunidade judaica.