Ricos e pobres no Abrupto
O mundo que se auto-representava (ou que se auto-representa) nos textos das chamadas civilizações do "Livro", nas profecias anónimas que serviram de arma de guerra entre cristãos e turcos durante o século XV, no deambular do Quijote ou de Candide, nas ideologias verticais do século XIX, ou nos mundializados média contemporâneos não era o mundo dos ricos nem o mundo dos pobres. Era tão-só o mundo que se auto-representava. Reduzir tudo à evidência da pobreza e da riqueza é não ver a evidência do mundo que se apresenta.